Graverobbers

Muito pouco é conhecido desde enigmático Clã, meu visitante.
O que apenas sei é o que eu falei com Amalia d'Thrace uma antiga Cappadocian do Leste, e estas foram as suas palavras quando lhe pedi para me falar de seu Clã......:

"Cappadocius, nosso Antediluvian, um dos antigos que chegou a deambular por Enoch, a Segunda Cidade.
Sobre ele não se sabe muito, menos que talvez tivesse sido um padre, shaman ou um santo devido ás suas filosofias.
O verdadeiro nome de Cappadocius perdeu-se entre os ventos da história, apenas conhecido pelo próprio e escrito algures. Ele deve ter pensado que há medida que a História ia sendo escrita ele precisava de algo que o identificasse com a sua origem e ele então escolheu: Cappadocius da Cappadocia. E é tudo o que se sabe e talvez o que só se saberá deste enigmático Vampiro, pessoalmente.

Desde o momento do embrace que Cappadocius procura resolver e estudar a eterna questão que assombra o Homem até este dia: o mistério da morte.

Depois do Grande Dilúvio, Cappadocius ainda não conhecia quaisquer respostas para o seu enigma. Foi então que decidiu criar progeny. Voltando para a sua terra natal, o que é hoje dominada por Turcos, criou o seu primeiro progeny, Caias Koine.
Logo de seguida partilhou com Caias as suas visões que viriam a ser seguidas como sinais para todo o clã. Ele viu todos nós, os seus childer, a lamentar a perda de algo desconhecido...


Então Cappadocius e Caias decidiram dedicar-se a este novo mistério com uma paixão arrebatadora.
Para isso eles resolveram criar novos descendentes para ajuda-los nos seus estudos...
Eles viajaram pelo mundo, vendo reinos nascerem e caírem, alimentando-se como necessitavam e descobrindo pistas pouco a pouco. Cappadocius falou com Zoroaster e Buda, vendo nestes profetas um grande conhecimento que o ajudaria nas suas procuras. Ele até entrou na Babilónia com o grande Nebuchadnezzar e viu os Jardins Supensos, questionou Alexandre o Grande e enigmou Ptolomeu, falou com Antiochus de Seleucus e com uma grande quantidade de pensadores Gregos.

Nenhum lhe ofereceu as respostas que procurava.....

Apesar das suas viagens terem sido desnecessárias, Cappadocius ordenou todos os Cappadocians a procurarem pelo mundo afora. Será que ninguém saberia dar as respostas ás perguntas que ele tinha???

Contam-se histórias no meu clã que Ele encontrou as respostas nas terras dos Hebreus, a sul da sua terra natal, a Cappadocia.
Cappadocius encontrou uma tenda solitária nas planícies de Canaã longe das cidades de Gaza e Jerusalém. Uma luz ténue soltava-se de dentro dela e havia pouco movimento.
Ele, cansado e enraivecido por séculos de procura sem qualquer fruto, decidiu que quem estivesse dentro da tenda morreria e que talvez lhe desse a resposta que tanto procurava...
Assim que entrou a Besta solta-se e com os olhos vermelhos de sangue fala mais ou menos com estas palavras para um Judeu assustado que se encontrava lá dentro.....

-"Eu procuro a resposta para a morte. Talvez a tua me dirá."
-"Isso eu sei que não poderei evitar. Mas eu sei que Deus protegerár-me-á."-respondeu o mortal assustado.
-"Quem sois vós que Deus olhará pelo teu bem estar? "- disse o Antediluvian mal conseguindo resistir á Besta.
-"Eu sou apenas um homem. Deus olhará por mim, pois Ele é soberano, transcendente e bom"- disse o homem a tremer.

Cappadocius parou, enquanto a Besta desaparecia com estas palavras.
-"Com a vossa simples visão, tu compraste a tua vida"

Cappadocius amaldiçoou-se pela sua falta de visão. Ali estava ele, filho de Caim que vagueou por toda a criação durante séculos, perguntando a meros mortais a resposta á sua pergunta eterna. Séculos desperdiçados!! Se ele queria realmente aprender, ele teria de a ouvir aos pés de Deus.

Rejuvenescido no espirito, Cappadocius mandou chamar todos os seus progeny, pois tinha noticias importantíssimas. Em exactamente um mês todos os Cappadocians reuniram-se na cidade feita de pedra de Goreme.
Depois de todos chegados o fundador disse que o primeiro passo em resolver o enigma era estarmos fisicamente próximos do Céu. Decidiram irem todos então para o Monte Ercyes.

Ercyes , também conhecido por Argaeus, acomodava um mosteiro esquecido, e foi sem mais nem menos invadido por todos os Cappadocians, liderados por Caias Koine, que prontamente chacinaram as quatrocentas almas que se encontravam lá e um Cainite, um Malkavian de nome Algol, que vivia como um Osiris, alimentando-se dos monges debaixo de um disfarce de profeta. Numa só noite o objectivo do mosteiro mudou e nunca mais ninguém comentou as mortes...
Os interiores do mosteiro mudaram..., as paredes foram deitadas abaixo. Foram escavados grandes salas e quartos debaixo de terra e foram construídas bibliotecas e grandes mausoléus. Em apenas poucos meses, a renovação estava completa. Desde então o templo teve uma centena de nomes, todos eles relacionados com o conhecimento e revelação de segredos. Para os outros clãs que conheciam os Cappadocians o templo certamente seria um local onde a Morte seria o único tema de estudo. Enquanto a maioria dos Cappadocians, incluindo eu, tinha os meus afazeres noutro local, todos nós podemos ir a Ercyes para relatar algo, estudar ou simplesmente descansar. Depois de estabelecida a nova casa, todos nós resolvemos encontrar-mos todos os anos no Solestício de Inverno.


Monte Ercyes

 

Não muito depois da captura do templo em Ercyes, a Cristandade começou a espalhar-se pelo mundo ocidental. Os Cappadocians abraçaram essa religião, como nós abraçamos qualquer fé que nos ajude na natureza do nosso espirito. Porque Cappadocius tomou a Cristandade tão subitamente é um mistério para todos nós e ela deve ser muito interessante, para fugir ao conhecimento do todo o clã. Há quem diga que ele viu Deus nas suas visões, outros dizem Anjos e outros dizem mesmo Demónios!! Só o próprio sabe a razão...


Cappadocia tornou-se um centro de protecção para os Cristãos daquele tempo, pois quem a segui-se tornar-se-ia procurado e destruído por todos. Duas cidades Cappadocians, Derinkuyu e Kaymakli, cravadas no próprio chão, albergaram muitos Cristãos durante as primeiras noites de intolerância. Nós próprios fomos essenciais para o aumento da Cristandade, cravando igrejas e mosteiros na pedra dura da Cappadocia. Lembrai que membros do meu clã estão activos na terra do nosso fundador, contribuindo para as igrejas de Elmali Kilise, Karanlik Kilise e Uzumlu Kilise, que atendem ás necessidades dos Cristãos nessa terra mais sagrada.
Ele próprio juntamente com muitos de nós refugiaram-se na cidade subterrânea de Derinkuyu. Os Cainites depressa habituaram-se ao clima fresco e seco e a protecção do sol era incomparável.... Muitos de nós resolveram ensinar o Cristianismo por entre os mortais, e outros retiraram-se para os seus locais na escuridão, trabalhando ainda mais para a compreensão.
Neste momento, Cappadocius viu que os seus descendentes não estavam a dar as suas almas para o desfiar do enigma. Seguindo a filosofia do Pai da História, Herodotus, nosso Pai ordenou que "em todas as coisas, sejam moderados". Foi então que os Cappadocians seguiram o conselho do nosso Fundador e procuram outros campos de estudos. Essa época viu um aumento de Cappadocians tais como bibliotecários, filósofos, teologistas, cartógrafos, poliglotas, historiadores e muito mais. Alguns até criaram Cainites de guerreiros e serventes. A razão por detrás disto, eles explicaram, era para o clã não cair na estagnação. Durante centenas de anos o clã seguiu objectivos falsos, com o Eterno Enigma a ficar secundário e com o Clã a aumentar os seus membros para níveis nunca antes vistos .......

Nesta época os Cappadocians espalhavam-se por toda a Europa, pela Terra Santa e pelo Norte de África...
No Norte de África, foi onde encontrámos mais dificuldades, devido aos viles Setites.... Essa raça de Cainites que nunca deveria ter aparecido. Se não soubesse que eles descendem de um dos 13 Antediluvians, eu diria que são uma presença demoníaca...."

Aqui os seus olhos tingiram-se de vermelho, de raiva... eu próprio fiquei admirado pelo ódio que Amalia sentia ao falar deles.... até a palavra "Cainite" custava a sair, ao falar dos Setites.... durou um pouco até que acalmasse e podemos continuar a conversa.....

"....o Egipto..., a sim, o Egipto!! as suas terras transpiram conhecimento sobre a Morte...
Durante o espalhar do Cristianismo sobre o Imperador Romano Nero, S. Marco levou com ele a fé Coptica. Cappadocians, seguindo sob o estandarte do Cristianismo, e escondidos por entre os recém-chegados, esperavam estabelecer postos secretos por entre a velha Terra.
Mas foi só eles ouvirem que havia um Cainite dentro dos mosteiros Copticos que os Setites tomavam-no e derrubavam todas as pedras até ele ser descoberto... Então os Cappadocians tornaram-se os alvos das suas práticas corruptivas. Não era uma bela visão ver um Cappadocian a seguir a Via Serpentis.... Enfim....
Apesar de tudo, muitos de nós continuam a insistir, na esperança que a velha Terra lhes traga respostas que tanto anseiam e mudar o destino do clã....

Entretanto os séculos passavam e as experiências continuavam.... Cappadocius continuava a suas experiências em Derinkuyu, quando um dia ele verificou que apareciam mais e mais corpos para estudar, vindos dos próprios mortais que habitavam a cidade subterrânea....

Foi então que o nosso fundador abriu os olhos para o clã.... Ele estava-se a expandir de tal maneira que os mortais ficavam doentes e morriam de tanto servirem de alimento para um numero imenso de Cainites.... Como poderíamos sermos nós o clã da Morte com números tão férteis?

Foi então que Cappadocius resolveu reunir o clã numa assembleia que iria mudar de uma vez por todas, todos nós em Erciyes, para esclarecer os objectivos do clã de uma vez por todas....."

Notei algo nas suas ultimas palavras... Não resisti a perguntar que medidas haviam sido tomadas....

"aaa.... Na verdade o que se passou foi atribuir a alguns um determinado objectivo, realizado pelo nosso fundador..."

Tais palavras soaram-me tanto a falso como um cigano a vender gato por lebre....
Não insisti mais, pois a minha sede de saber sobre este enigmático clã ainda não havia sido saciada.... Reparei que a estava a importunar com as minhas perguntas.... deixei que a amável Amalia, que deixara de ter na sua palidez um aspecto sóbrio mas no entanto enigmático , para ter um cara enraivecida e triste, que acabasse a história....

"Passado a ultima reunião, Cappadocius teve uma segunda visão....
Ele viu a Crucificação...: O corpo de Cristo preso por pregos na Cruz em sacrifício pelos pecados dos Filhos de Seth. Ele viu depois os seus Filhos, nós...... De seguida viu algo aterrador....

Viu-se a Ele pregado na Cruz...............

Japhet e Caias tentando curar as suas chagas..., enquanto um numero infinito de mortais chorava no fundo do monte. Existem muito de nós que afirmam que nesta visão Cappadocius, teria de se sacrificar para que os outros possam continuar....
Assim Cappadocius determinou que deveria chegar a Deus....
Sei que existem certos documentos que dizem que para tornar-se Deus teria de devorar o Seu Corpo e o Seu Sangue. Estes textos incluem escritas Gnosticas, assim como Egípcias, que afirmam que existem maneiras de viajar entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. Ao executar um ritual com o objectivo de obter a paz e tranquilidade em nós próprios, um poderá ascender ao Céu, tomar o trono de Deus e levar toda a Humanidade para Céu....."

Quase que não conseguia acreditar em tais palavras.... o poderoso Fundador Cappadocius queria ser Deus??? Tomar o Seu lugar? Claro que assim resolveria o Eterno Enigma, mas a que custo??? Como conseguiria ele ascender a Deus??
Minha face devia mostrar perplexidade, mas controlei-me para não ofender Amalia.....
Resolvi então perguntar o que o clã fez depois de tais revelações....

"Enquanto Cappadocius passa as suas noites em Erciyes, o restante clã espalha-se pela Europa. Alguns ficaram em Erciyes; outros vagueiam pelo que é hoje a Turquia e Byzantium. Foi durante essas noites que se realizou a aliança, por assim dizer, com os Ventrue.... Em troca de locais para estudar, nós assistiremos os Patrícios no que respeita a conselhos e pesquisa. Esta prática continua presentemente, e é assim que nesta simbiose avança os nossos estudos em várias maneiras.
Com a ajuda do capital dos Ventrue, é mais fácil continuar os nossos estudos medicinais, influenciando a comunidade, em expansão, médica e herbalista. O dinheiro, prestigio e contactos dos Ventrue, deixa-nos mais e melhor acesso a aqueles que descobriram textos antigos e documentos úteis. As cortes dos Ventrue (e em raros casos, Lasombra, apesar de ser raro eles ouvirem conselhos que não sejam os deles) são os locais ideais onde possamos conversar com pensadores, tanto mortais como Cainites. Finalmente, os Ventrue garantem grande protecção dos perigos do mundo. Os Lupinos encontram grande dificuldade em atacar-nos dentro de castelos.
Ao espalhar-nos pela Europa, verificámos que era bastante útil em termos de informação, assim como provou as nossas reuniões anuais em Erciyes. Nós somos acusados de ser um clã com apenas uma mente, mas na verdade, nos estamos bastante diversificados desde a nossa expansão para a Europa. Nós temos uma certa diversificação de membros, mais devido aos nossos Anciões que não desejavam recriar a estagnação que foi depois da queda da Segunda Cidade. Temos alguns poetas, que questionam a alma com as suas palavras especialmente cravadas. Temos muitos por entre os padres e o Clero que procuram a fé e os vários Céus do Cristianismo. Nós fizemos muitos de homens cuja arte de criar edifícios os tornaria imortais, Filósofos e Cientistas.... Até Conselheiros e Tesoureiros dão a graça no nosso clã, guiando os nobres com a inteligência, imparcialidade e compreensão que nós comandamos.

Assim como os nosso espíritos gritam por respostas ás perguntas eternas, muitos de nós ouviram os chamados do Clero. Durante as noites da nossa migração para a Europa, muitos de nós tomaram lugar em mosteiros. Enclausurados para lá das manipulações dos outros Cainites e depravações da sociedade urbana, os monges Cappadocians retiram-se na noite em solidão... Muitos de nós encontraram uma maneira muito produtiva de atingir os seus objectivos, seja copiando livros ou traduzindo documentos. Vivendo entre os mortais sem o seu conhecimento, Nós espalhamo-nos como um véu invisível sobre a terra, bebendo o menos possível dos irmãos nos mosteiros ou dos animais nos estábulos das abadias. A grande parte dos mosteiros da Cristandade alberga pelo menos um Cappadocian.
Conseguir altos postos dentro do Clero sempre foi difícil para nós, devido aos nossos complexos de palidez e natureza nocturna. Mesmo assim estamos desde as Igrejas Católicas da Britannia até aos postos da Igreja Ortodoxa do Leste da Hungria.
Numa idade onde o Clero apenas tinha começado a tomar posições que toma hoje, nós já lá estávamos a espreitar de lá dentro, esquecidos. Aqui os nossos membros observavam e aprendiam.... Como Abades nós lideramos mosteiros inteiros na procura da verdade. Como Bispos nós fortificamos os trabalhos dos nossos aliados. Como modestos Padres nós criámos as Missas de Noite e Vigílias para os nossos párocos. As Freiras e Monges Cappadocians curavam os doentes por entre os mortais, sempre observando a entropia e a decadência do mais baixo escravo até ao mais bem nascido Príncipe.

Por último meu caro, penso que pela amável hospitalidade devo acabar de contar os recentes acontecimentos em meu clã.

No principio do séc. XII, agentes do nosso clã deram com um grupo de mortais necromantes na cidade de Veneza. Este grupo era composto exclusivamente por membros de uma família, um grupo de pessoas que lucravam com as Cruzadas, conhecidos por Giovanni. A família amontoou vastas somas de dinheiro ao exigir preços exorbitantes para passarem para a Terra Santa e para a entrega de produtos para a frente de guerra. Adulteração e Depravação levaram-nos ao sucesso financeiro, e as indulgencias da família Giovanni é conhecida por todo o Norte de Itália. Tendo praticado todas as artes proibidas pela Igreja, os Giovanni viraram-se para a arte proibida de necromancia.
Estes amadores provaram-se adeptos fantásticos das suas artes negras, abrindo novos caminhos e sucesso onde os predecessores apenas conseguiram deambular com algumas blasfémias e uns livros escritos em pele de bode. Eles tiveram sucesso em contactar os espíritos dos mortos e ainda perdidos pelo mundo físico e questionando o que jaz para lá do mundo conhecido. Naturalmente, os Cappadocians levaram as notícias para Erciyes, onde discutiram as notícias com Japhet e Constancia. Assim que Cappadocius soube da notícia desejou logo que os Giovanni passassem a ser Cappadocians e desejou que o cabecilha da família fosse seu child. Sei que Japhet alegou que ele não merecia um sangue tão potente e ainda chamou a atenção do exemplo dos traiçoeiros Tremere e que os Cappadocians não deveriam ter nada com os magos mortais. Nada demoveu Cappadocius......

Como é típico num clã desorganizado como o nosso, ninguém se opôs no que respeita aos Necromantes Venezianos. Alguns viam desconfiados o abraço dos Cappadocians a uma família necromante e outros, pelo contrário, resolveram ter negócios com eles....
As Lamia, a nossa bloodline que nos protege, sempre fiéis,  aceitaram a decisão do Cappadocius de traze-los para os Cappadocians.
Alguns dissidentes afirmaram que não queriam comprometer a sua posição na Igreja ao ver o clã associar-se a um grupo de necromantes.
Num todo, a experiência Giovanni encontrou frieza e desinteresse sincera. O suporte de uma nova Disciplina e maior percepção do Enigma Eterno eram os verdadeiros benefícios. Quem queria saber se havia um "sub-clã" dentro do clã? As Lamia eram uma bloodline que sempre existiram sem qualquer problema com os Cappadocians...

O que se passou depois deixou-nos a todos chocados....

Um ano depois, na reunião anual em Erciyes, Japhet contou ao clã que Cappadocius teve uma terceira visão, esta muito mais clara.... Ele viu o fogo a destrui-lo e a todos os seus childer.... e umas sombras dumas figuras a rirem-se do destino do clã.... e no fim Cappadocius chegaria ao Céu....
Nada mais foi tratado na reunião daquele ano, todos nós estávamos chocados, principalmente os novatos Giovanni. Parece que sentiam que lhes deram o grande presente do Embrace, apenas para tirarem-no de seguida. Certamente eles perceberam que o Embrace é como uma espada, com dois gumes, e não um atalho para a supremacia que o seu lider esperou.
Os outros Cappadocians em Erciyes receberam as notícias com respostas variadas.
Aqueles que caminham a Via Caeli ficaram chocados; como poderia um Cainites, amaldiçoado por Deus, ascender ao Seu Trono? era uma blasfémia, mas viam a sua convicção. Os seguidores da Via Ossis abanavam as suas cabeças em desconfiança, recusando-se a acreditar que a derrota da Morte resultaria na vida eterna. Os da Via Humanitatis partilharam a alegria do nosso fundador. Eles transcenderiam as preocupações insignificantes da Terra e encontrar-se-ão com o nosso Pai lá em cima.
Nunca mais ninguém viu Cappadocius, mas ele visita muitos de nós em sonhos, prometendo liderar a procissão até a casa de Deus.
Desde a terceira revelação, muitos Cappadocians tomaram atitudes derrotistas, esperando a noite do julgamento. Outros tomaram a oportunidade de deixarem a sua marca neste mundo, fazendo numerosos avanços nos seus campos de estudo. Alguns dos mais antigos entre nós, desapareceram de vista, ou entrando em torpor ou foram para locais remotos ou secretos.
A maior parte, decidiram seguir as suas vidas normalmente.... sem fazendo nada para mudar o destino do clã......
Devo avisar, meu caro anfitrião, que se perguntar a algum Cappadocian do nosso destino, ele dirá que é tudo mentira.... Apesar de ser possível pedir ajuda aos clãs com que temos alianças, ou procurar os traidores no nosso nevoeiro, nós mantemo-nos silenciosos. Nestas noites quando a destruição de Saulot é tão facilmente esquecida, nós não queremos parecer fracos aos olhos dos nossos inimigos. No fim da sua visão, Cappadocius viu a sua alma ascender ao Céu. Se for a vontade de Deus, nós juntar-nos-emos a Ele na sua Viagem....."

Assim que Amalia retirou-se para a escuridão da noite, não pude deixar de pensar porque um clã não tenta fugir ao seu destino, se for mesmo verdade, porque é que não fazem nada....
Amalia desaparecia no nevoeiro da noite como se uma alma desaparecesse em paz..........

E é tudo meu caro visitante que tenho para falar do Clã da Morte, os Cappadocians......

 

 

                       
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